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Birras e pirraças


O primeiro ano de vida do bebê é uma etapa extremamente desgastante, principalmente por causa das noites intermináveis e mal dormidas. Passando esta fase, o bebê maiorzinho começa a dormir melhor e, consequentemente, a mãe também. Tudo seria muito bom se nesta idade não começasse a entrar em cena as tão temidas birras e pirraças.

Como é triste, desgastante e doído... Aquele ser pequeno que ainda usa fraldas e mal sabe andar já demonstra tanta personalidade que chega assustar. Chora, aliás, berra, se joga pra trás, dá tapa, morde, puxa cabelo... E quase sempre a vítima de tamanho destempero é a mamãe. Além de você sofrer ao perceber que está perdendo o controle da situação, se sente ainda mais impotente quando recebe olhares impiedosos de pessoas na rua, como se você fosse obrigada a dar um jeito naquela situação imediatamente. E como isso dói... Como isso é cruel. Você se sente o tempo todo na corda bamba, totalmente exposta e vunerável. Tem horas que dá vontade de chorar. Você cuida, alimenta, dá carinho e ama... Abre mão da sua vida para ser a melhor mãe do mundo. Mas o ideal fantástico se quebra na primeira vez que você leva um tapa no rosto, simplesmente porque seu bebê não gostou de ouvir um não.

Agora é a transição do nascer para o crescer, onde a educação já tem que ser esboçada. É saber dizer não, não se deixar levar pelas vontades e chantagens do seu bebê. Pode parecer estranho falar de chantagem, mas por incrível que pareça, os pequenos são mestres nesta arte, pois as mães, pais, avós e tios acabam se rendendo ao choro e aos lamentos do bebê por pena. Afinal, tadinhos... Tadinhos nada! Esta linha é muito tênue e neste momento, sem perceber, podemos estar "estragando" os nossos filhos, mimando-os demais. Pode parecer assustadora, mas é só mais uma fase do incrível universo de descobertas chamado maternidade.

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