No dia 15 de novembro celebrei o terceiro aniversário do meu filho. O tema escolhido por ele foi "O incrível Hulk", seu super-herói favorito. E como é engraçado ver uma criança tão pequena se identificar com um super-herói feioso, com jeito de monstro. Certa vez indaguei dele o motivo que o fazia gostar tanto do Hulk, e a resposta foi simples: "mamãe, o Hulk pega os vilões". Aí disse pra ele que todos os super-herói prendiam os vilões, e ele insistiu dizendo "mas o Hulk é enorme, e mais forte, e é verde também". Encerrando a conversa com um sorriso.
Como eu aprendo em cada diálogo com meu pequeno. Em uma breve reflexão, percebi que o fato do Hulk ser verde (e diferente) o faz mais interessante aos olhos do meu filho. Ou seja, para mim, Hulk era um monstro feio, mas para o meu filho ele é o mais legal. E diante desses ensinamentos que ele me passa a cada instante, aprendo a me policiar para preservar dentro dele esse coração lindo sem preconceitos, e permitir que ele goste das coisas do jeito dele.
O mundo, do jeito que está, me apavora! Tenho medo de como as coisas estarão daqui 10, 20, 30 anos. Acredito que este temor passe na cabeça da grande maioria de pais e mães. Se olharmos apenas pela ótica negativa das coisas, melhor nem ter filho. Mas, o que me conforta, é que vejo meu filho como um multiplicador das coisas boas. E se ele crescer semeando e cultivando tanta coisa legal, o fato de ter um filho já vale muito a pena e supera qualquer medo. E ele, com três anos, já sabe que "ser diferente é legal", livre de julgamentos ou de querer ficar longe do que lhe parece estranho. Da mesma forma que hoje ele brinca de ser super-herói para salvar as pessoas, vejo que na sua vida não será diferente. Meu filho nasceu com super poderes, e o que transborda do seu peito é amor.